As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram nesta sexta-feira (23/09) a aprovação da guerrilha do acordo de paz com o governo colombiano. O pacto, negociado durante quatro anos, tem como objetivo pôr fim ao conflito que dura mais de cinco décadas no país e já deixou ao menos 220 mil mortos.
"Informamos que os guerrilheiros-delegados deram apoio unânime ao acordo de paz", declarou um dos líderes das FARC, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez", no encerramento da 10ª Conferência Nacional Guerrilheira em Llanos del Yarí, no departamento de Meta (sul da Colômbia).
Em um breve pronunciamento a jornalistas, ele informou também que, nos próximos meses, as FARC realizarão outro congresso a fim de decidir sobre o futuro da guerrilha e sobre sua transformação em partido ou movimento político, tema aprovado nesta quinta, bem como o novo nome da organização.
O acordo final de paz será assinado em Cartagena na próxima segunda-feira (26/09) pelo presidente Juan Manuel Santos e pelo líder máximo da guerrilha, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.
Agência Efe
Membros das FARC anunciam aprovação de pacto com governo colombiano
O acordo será submetido a um plebiscito em 2 de outubro para ser validado pela população colombiana.
Entrega de armas
Nesta sexta, o Alto Comissário para a Paz da Colômbia disse à emissora multiestatal Telesur que integrantes das FARC começaram a se deslocar para as áreas onde entregarão suas armas a delegados do governo Santos.
"Eles já começaram a se movimentar e pré-agrupar, segundo o protocolo que acordamos, e passaram a informação às Nações Unidas e ao governo sobre onde estão. Esse processo de paz está andando”, informou.
De acordo com o governo colombiano, as armas serão fundidas, e o material resultante servirá de base para a construção de monumentos pela paz em Nova York (EUA), Havana (Cuba) e outro na Colômbia, cuja localização ainda não foi definida.
Opera Mundi
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