quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Prefeitura de Poá abandona atendimento às crianças especiais


A prefeitura de Poá tem deixado de atender, ou atender adequadamente,crianças portadoras de necessidades especiais.

Segundo relatos de pais de algumas crianças especiais, a viatura da prefeitura tem, por vezes, deixado de passar nas residências para conduzi-los aos locais de atendimento especializado à saúde, e em alguns casos chegou a abandonar os pacientes na clínica de tratamento, deixando-os à própria sorte.

Relatam também que o transporte está sendo feito de forma improvisada, e que em certos momentos foram conduzidos em ambulâncias, o que é impróprio.

A maioria das crianças da região eram tratadas na AACD – Associação de Assistência à Criança Defeituosa – no bairro da Moóca, São Paulo. Iam até a estação Bresser do Metrô e uma Van os levavam até a AACD, porém no final do ano passado a maioria foi transferida para a AACD em Mogi das Cruzes, aí os problemas se agravaram.

Relatam os responsáveis que as viaturas da prefeitura de Poá não está em condições de atender dignamente os pacientes, pois muitas vezes atrasam ou não passam, o que faz com que pacientes percam seus tratamentos, o que ocorre após duas ausências consecutivas. “Outro dia tinha uma mãe com o filho no colo sem condições de voltar para casa. Um pai chorou quando perdeu a consulta e só conseguiria marcar outra para depois de meses” relata uma mãe.

A situação também é ruim para quem utiliza o transporte coletivo, pois o cartão do SIM – Sistema Integrado Mogiano- que permitiria reduzir as despesasno transporte, só éfornecido para moradores da própria cidade.

“Os prefeitos poderiam resolver esse problema, mas parece que não querem nem saber do sofrimento alheio” desabafa um pai.

Os pais também reclamam do transporte mesmo quando os horários são cumpridos, pois se a viatura passar às seis horas da manhã, como normalmente acontece, parte das consultas somente ocorre a partir das 10 horas, e somente depois de atendidas e esperarem a viatura é que poderão retornar para suas casas, “Imagina uma criança levantar às seis horas e ficar a manhã toda sem se alimentar e só chegar em casa à tarde, é muita desumanidade!” desabafa uma mãe.

A precariedade no atendimento às crianças é antigo, mas nos últimos meses tem se agravado.
Obs: O termo “especial” é muito genérico, abrange as mais diferentes síndromes infantis . Todas as crianças são muito especiais, mas algumas precisam de um apoio, de um olhar, de uma atenção especial, de um acompanhamento e acima de tudo muito carinho

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