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sexta-feira, 2 de março de 2012

Argentina propõe voos diretos de Buenos Aires às Ilhas Malvinas

A presidenta argentina Cristina Kirchner causou surpresa nessa quinta-feira (1º) ao propor três voos diretos de Buenos Aires às Ilhas Malvinas – o arquipélago do Atlântico Sul cuja posse desencadeou uma guerra verbal nos últimos meses entre a Argentina e o Reino Unido.

O governo britânico reagiu com cautela: disse que cabe aos moradores das Malvinas aceitar ou não a oferta, mas avisou que ficaria “decepcionado” se os argentinos pressionassem os chilenos para suspender os voos que já existem entre o Chile e as Malvinas.

Os quase 3 mil habitantes das ilhas, a 500 Km da costa argentina, estão praticamente isolados. Na América do Sul, a forma mais rápida de chegar ao arquipélago é um voo da empresa LAN Chile, que sai da cidade chilena Punta Arenas e, uma vez por mês, faz escala na cidade argentina de Rio Gallegos.

Cristina fez a proposta no fim de um discurso de mais de três horas, que abriu o ano legislativo na Argentina. Ela disse que queria renegociar um acordo dos anos 1990 (autorizando os aviões chilenos a passarem pelo espaço aéreo argentino), para aumentar a frequência dos voos, desde que partissem de Buenos Aires e fossem da estatal Aerolineas Argentinas.

O clima de desconfiança deve-se aos acontecimentos da última semana. Há dois dias, a ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, pediu a 20 empresas locais e multinacionais que deixassem de importar produtos do Reino Unido – entre eles, máquinas agrícolas e fertilizantes. Sugeriu que seria melhor buscar fornecedores em países amigos, que reconhecem a soberania argentina das Malvinas.

A informação - atribuída a fontes do Ministério da Indústria ouvidas pela agência oficial Telam – provocou a reação imediata do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Ele apelou aos outros 26 países-membros da União Europeia (UE), que manifestaram preocupação com eventuais barreiras comerciais argentinas – apesar de nenhuma delas ter sido colocada no papel ou ter saído do papel.

Os argentinos aproveitaram para dar o recado: agradeceram aos britânicos por terem “finalmente” levado a disputa pela soberania das Malvinas a um fórum internacional. E sugeriram discutir o assunto também com os 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

A escalada de declarações e de ameaças de retaliação aumentou nos últimos meses - véspera do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas. No dia 2 de abril de 1982, a ditadura argentina tentou recuperar pela força o arquipélago, que foi ocupado pelos britânicos em 1833. No conflito armado de 72 dias, morreram 649 argentinos, 255 britânicos e três moradores das ilhas.

No início de fevereiro, o príncipe William (segundo na linha de sucessão do trono britânico) desembarcou nas Malvinas para um treinamento de piloto de guerra. Para os britânicos, é uma rotina. Para os argentinos, uma provocação.

Sábado passado (25), o governo da província argentina de Terra do Fogo impediu que dois navios, com 3 mil turistas, ancorassem no Porto de Ushuaia. Os cruzeiros tinham bandeira das Bermudas (território ultramar britânico) e tinham passado pelas Malvinas.



 

Agência Brasil

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ONU destaca avanço da Venezuela no alcance das Metas do Milênio

O representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o argentino Alfredo Missair, destacou o avanço que a Venezuela registrou no cumprimento das Metas do Milênio, dirigidas para desenvolver uma maior igualdade e inclusão social para a população.

Entre os objetivos acordados estão a erradicação da pobreza extrema (aspecto no qual Venezuela reduziu, em 10 anos, de 22% para 7%); a promoção da igualdade de gênero e da autonomia da mulher; a universalização da educação básica; redução da mortalidade infantil e materna; combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças endêmicas; assegurar a sustentabilidade ambiental e a promoção da associação mundial para o desenvolvimento.

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, no último dia 23, que abordou os dados preliminares do 14º Censo Nacional de População e Moradias, realizado em conjunto com as autoridades do Instituto Nacional de Estatística (INE). Missair destacou o avanço representado pela incorporação de inovações tecnológicas – como dispositivos de captura móveis–, que permitiram acelerar a entrega de resultados e sua otimização.


 

Fonte: Agencia Venezuelana de Noticias (AVN)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Argentina acusa Reino Unido de enviar submarino nuclear às Malvinas

Na ONU, chanceler afirma que embarcação Vanguard, equipada com armas nucleares, foi posicionada perto das disputadas ilhas

Em sua mais recente escalada verbal contra o Reino Unido, a Argentina acusou nesta sexta-feira o governo britânico de ter enviado um submarino com armas nucleares para o Atlântico Sul, perto das Ilhas Malvinas (chamadas de Falklands pelos britânicos), cuja soberania é disputada pelos dois países.

Na ONU, o chanceler argentino, Héctor Timerman, afirmou que um submarino chamado de Vanguard, um dos quatro submarinos britânicos armados com mísseis nucleares, foi recentemente enviado como parte do contingente britânico nas Malvinas. "A Argentina tem informações de que, em meio ao recente envio de forças militares às Ilhas Malvinas, eles (britânicos) enviaram um submarino nuclear para transportar armas atômicas ao Atlântico Sul."

Segundo Timerman, a Argentina usou os canais diplomáticos para questionar o Reino Unido sobre introduzir armas nucleares no Atlântico Sul, mas "até agora os britânicos se recusam a dizer se é verdade ou mentira". De acordo com o chanceler, a medida violaria o Tratado de Tlatelolco para a Proibição de

Armas Nucleares na América Latina e no Caribe, cujo objetivo é tornar a região uma zona livre de armamento nuclear.

Mais tarde, o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall, respondeu à acusação afirmando que não faria comentários "sobre a disposição de armas nucleares e submarinos". "Não sei como ele sabe de submarinos. Eu certamente não sei. O objetivo dos submarinos nucleares é que andem em todo o mundo sem que ninguém saiba onde estão. Esse é o motivo por que são um meio de intimidação."

Em relação ao tratado, Lyall afirmou que não haveria nenhuma violação enquanto os submarinos nucleares se mantivessem fora das águas argentinas. A acusação do chanceler argentino foi feita no mesmo dia em que o governo da presidenta Cristina Kirchner denunciou o Reino Unido perante a ONU pela militarização do Atlântico Sul.

No dia 31, Londres anunciou sua decisão de enviar um moderno destróier às Malvinas. A presidenta Cristina Kirchner havia anunciado na quarta-feira que a denúncia seria apresentada à ONU com o argumento de que o Reino Unido criava um grande risco de segurança ao enviar um de seus navios de guerra mais modernos à região.

O governo britânico disse recentemente que o envio do destróier HMS Dauntless, equipado com mísseis antiaéreos, tinha como objetivo substituir outro navio em uma operação de rotina. Além do anúncio sobre o envio da embarcação, na semana passada chegou às ilhas o príncipe William da Inglaterra para uma instrução militar de seis semanas.

A Argentina e o Reino Unido disputaram as ilhas em uma guerra em 1982, e as tensões aumentaram em semanas recentes sobre o status do território localizado na área costeira da Argentina no Atlântico Sul. A soberania das ilhas, consideradas por Londres como território dependente, é reivindicada pela Argentina desde 1833. Em jogo não estão as ilhas em si - onde o número de ovelhas supera o de pessoas -, mas vastas áreas de pesca e potenciais recursos de gás e petróleo em áreas da costa.

Após se encontrar com Timerman em Nova York, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou esperança de que os dois países possam evitar uma escalada na disputa. De acordo com uma nota sobre a reunião, Ban "demonstrou preocupação com a retórica cada vez mais forte" entre os dois governos e ofereceu mediação da ONU na disputa, que foi aceita pelo chanceler argentino.

Grant, por sua vez, disse que não há nada a negociar, porque os kelpers (como são chamados os habitantes das Malvinas) estão sob domínio britânico há nove gerações e não querem mudar. Os ministérios britânicos da Defesa e Relações Exteriores rejeitaram discutir a alegação de Timerman sobre armas nucleares, citando a política do governo de não comentar sobre o posicionamento ou o movimento de submarinos do país.

A Marinha britânica tem 11 submarinos de propulsão nuclear, sete armados com armas convencionais, incluindo mísseis Tomahawk, e quatro com mísseis nucleares Trident, que podem disparar ogivas a mais de 6,4 mil km.

Na semana passada, o jornal britânico Daily Mail relatou que o Reino Unido posicionou um submarino da classe Trafalgar com armas convencionais no Atlântico Sul. "Não buscamos aumentar a retórica. Não começamos a guerra de palavras", disse Grant. "Mas se claramente houver uma tentativa de se aproveitar do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, obviamente defenderemos a nossa posição, e faremos isso de forma robusta."


Fonte: AP

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Presidentes latino-americanos criam novo bloco regional sem EUA

Presidentes e representantes dos 33 países da América Latina se reúnem em Caracas para formalizar criação da Celac

Presidentes e representantes dos 33 países da América Latina se reúnem nesta sexta-feira, em Caracas, para formalizar a criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Será a primeira vez que os países do continente se articulam em uma mesma plataforma política - com a tarefa de tentar aprofundar a integração regional - sem a presença dos EUA e do Canadá.

Segundo analistas, a Celac nasce com o desafio de criar uma organização capaz de alcançar consenso entre os países e cuja institucionalidade seja capaz de implementar políticas de integração autônomas em relação aos Estados Unidos.

Entre as contradições a serem enfrentadas pelo bloco está a de construir políticas comuns em uma região ainda marcada por diferentes níveis de desenvolvimento econômico, pobreza, crime organizado e, em especial, antagonismos no campo político-ideológico.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, conhecido pelas críticas a Washington e pelo discurso anti-imperialista em encontros regionais, adotou um tom moderado ao falar sobre a nova organização regional e reconheceu que ela deverá respeitar a heterogeneidade dos países e de seus projetos, estejam eles à esquerda ou à direita do campo político.

"Temos de ter muita paciência, muita sabedoria. Não podemos deixar-nos levar pelas ideologias governantes em um país ou outro", disse Chávez na quinta-feira, minutos antes de receber a presidente Dilma Rousseff no palácio de governo.

"Esse processo tem de ser independente do socialismo cubano, do socialismo venezuelano, ou do sistema de governo e ideologia do governo do Brasil, da Colômbia (...) é a união política, geopolítica, e sobre essa união vamos construir um grande polo de poder do século 21."

O primeiro debate do grupo, realizado na noite de quinta-feira, já mostrou como deve ser difícil conseguir o consenso entre os países do novo bloco. Os países não chegaram a um acordo sobre como será o mecanismo para a tomada de decisões - por unanimidade ou por maioria qualificada. O debate deve ser retomado nesta sexta-feira.

Institucionalidade

O maior desafio para a Celac será "passar da afirmação de uma identidade e articulação política a uma institucionalidade que permita aos países tomar decisões", disse à BBC Brasil Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp.

Uma das propostas do documento constitutivo da Celac é um protocolo de defesa da democracia e direitos humanos, aos moldes da cláusula antigolpe de Estado estabelecida pela Unasul (União de Nações Sul-Americanas).

Entre as divergências iniciais está a posição do novo bloco a respeito do futuro da Organização de Estados Americanos (OEA), cujo papel passou a ser questionado durante a crise boliviana, em 2008, e depois do golpe de Estado em Honduras, em 2009. Venezuela, Equador e Bolívia defendem que a OEA já teria cumprido seu papel histórico no hemisfério e deve ser substituída.

"Não é possível que os conflitos latino-americanos tenham de ser tratados em Washington", defendeu o presidente equatoriano Rafael Correa, dias antes da Cúpula. "(Espero) que mais cedo que tarde (a Celac) possa substituir a OEA, que historicamente tem tido grandes distorções", acrescentou.

Essa posição, no entanto, ainda não é um consenso entre a maioria dos países da região, que até agora preferem defender a coexistência das duas instituições.

Para o analista internacional Edgardo Lander, professor da Universidade Central da Venezuela, a Celac tende a contribuir para o enfraquecimento da OEA, mas ainda é cedo para falar de sua extinção. "A substituição da OEA pela Celac não será fruto de um decreto ou de declarações a favor ou contra, e sim pelas vias de fato", disse à BBCBrasil.

Lander cita como exemplo a atuação da Unasul na resolução do conflito da Bolívia, em 2008, que ele considera 'decisiva'. "Se a Celac mostrar que pode solucionar os conflitos regionais sem a intervenção dos Estados Unidos, o papel da OEA vai perder força naturalmente."

Independência

Para o o economista americano Mark Weisbrot, codiretor do Center for Economic and Policy Research, de Washington, a Celac é criada em um momento em que a América Latina se consolida como uma região "mais independente do que nunca". "Washington ainda é o principal problema no hemisfério, especialmente com respeito à democracia e à autodeterminação nacional", disse Weisbrot à BBC Brasil.

O analista político venezuelano Carlos Romero, professor de estudos internacionais da Universidade Central da Venezuela, diz que a criação da Celac é um "passo positivo que marca um processo de maturidade política" da região.

No entanto, ele afirma que isso não necessariamente significará a existência um bloco antagônico a Washington. "Os EUA já não exercem a mesma tutela do passado", diz.

A discussão do grupo ainda deve incluir a criação de um fundo de reserva para enfrentar a crise financeira internacional. "Quanto mais nos integrarmos, mais estaremos preparados para enfrentar esse furacão que a economia mundial está vivendo e a instabilidade do resto do planeta", afirmou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, principal aliado dos Estados Unidos na América do Sul.

Liderança brasileira

Os especialistas concordam que o Brasil tende a assumir um papel de "liderança natural" na Celac, protagonismo que antes era dividido com o México quando se tratava do hemisfério como um todo. "O Brasil é uma potência regional, tem sido (protagonista) pró-democracia e em defesa independência regional na América Latina. Deve ajudar a desempenhar esse papel dentro Celac", disse Weisbrot.

O governo brasileiro vê a Celac como o "terceiro anel" do processo de integração regional, seguido do Mercosul e da Unasul. A reunião de Cúpula para a abertura da Celac havia sido marcada para 5 de julho, mas foi adiada imediatamente após o presidente venezuelano Hugo Chávez ser diagnosticado com câncer, no final de junho.

A Celac unificará as estruturas do Grupo do Rio, mecanismo de consulta internacional regional criado em 1986, e da Calc (Comunidade América Latina e Caribe) e deve trabalhar em cinco áreas: política, energia, desenvolvimento social, ambiente e economia.


BBC Brasil

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dilma participa da posse de Ollanta Humala no Peru

A presidente Dilma Rousseff inicia nesta quinta-feira (28) uma agenda de dois dias voltada para as relações com vizinhos da América do Sul ao participar da posse do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, em Lima.

A cerimônia começa no Congresso Nacional e termina com um almoço oferecido por Humala, no Palácio do Governo. Amanhã (29), Dilma recebe a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, como parte da agenda periódica de encontros bilaterais.

A presidente está no Peru desde a noite de ontem (27) e retorna ao Brasil no fim do dia. Dilma deve participar ainda de uma reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Um dos temas será a necessidade de integração regional para fazer evitar consequências da crise que afeta os Estados Unidos e países da União Europeia.

"O continente tem que estar preocupado com a situação mundial porque estamos assistindo a modelos econômicos derretendo", disse o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, em entrevista à imprensa.

Segundo ele, uma recessão nos países desenvolvidos afetara a região – especialmente as economias de países como o Peru, que dependem mais de exportações. Daí a importância de uma maior integração regional e da busca de novos mercados, como China e Índia.

Marco Aurélio também falou da tendência de aliar crescimento econômico à melhor distribuição de renda. “Não basta só crescer e a população ficar ao Deus dará", disse ele. Como exemplo, citou o caso de Humala, que inspirou-se no ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu ampliar os projetos sociais, sem mexer no modelo econômico.

O nacionalista Ollanta Humala assume a presidência do Peru após ter vencido uma disputa acirrada com a conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).

Humala escolheu o Brasil como destino para a primeira visita após a eleição e explicou ter feito a opção por considerar o país modelo de desenvolvimento econômico com inclusão social. Durante a visita, em junho, Humala declarou a intenção de reforçar a atuação do Peru na Unasul e no Mercosul, onde é membro associado. Citou ainda o narcotráfico como um dos desafios a ser enfrentado em conjunto com os países vizinhos.

Analistas políticos e econômicos avaliam que, internamente, um dos principais desafios de Ollanta Humala será a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.



 

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dilma se reúne com as Mães da Praça de Maio durante viagem à Argentina



Em sua visita à Argentina, a presidenta Dilma Rousseff se reúne, na segunda-feira (31), com o grupo de mulheres chamado de as Mães (e Avós) da Praça de Maio. O encontro foi confirmado pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. As mães e avós argentinas se tornaram famosas pela luta em favor da punição dos envolvidos na ditadura (1976 a 1983) e na busca pelos filhos e netos desaparecidos no período.

Garcia disse que o encontro foi agendado a pedido de Dilma. "[A presidenta] tem uma grande sensibilidade para questões relativas aos direitos humanos", afirmou o assessor. “[Essa iniciativa da presidenta em receber essas senhoras] valoriza muito essa luta emblemática que essas senhoras têm na história política recente da Argentina", disse ele.

Porém, Garcia afirmou que, por falta de tempo, Dilma não poderá visitar o Museu da Memória Aberta, construído na área onde funcionou a Escola de Mecânica Armada da Marinha (ESMA) – no local havia um dos principais centros de tortura da Argentina.

Dilma visita a Argentina, na sua primeira viagem ao exterior, acompanhada pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da Defesa, Nelson Jobim, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

A presidenta chega a Buenos Aires, no domingo (30), por volta das 18h30. Na segunda-feira, Dilma cumprirá uma intenso dia de compromissos. Pela manhã, ela se reúne com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em seguida haverá uma reunião ampliada com ministros argentinos e brasileiros. Acordos em várias áreas serão firmados.

Agência Telam

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Peru é o décimo da América Latina a reconhecer o Estado palestino

O governo peruano anunciou hoje o reconhecimento da Palestina como Estado independente soberano", um gesto considerado alinhado "com a sua política tradicional e consistente em favor da solução pacífica das controvérsias".

O anúncio foi feito pelo chanceler José Antonio García Belaunde, durante uma coletiva de imprensa para apresentar a terceira cimeira América do Sul-Países Árabes, que será realizada em Lima, de 14 a 16 de fevereiro. Em Lima, o anúncio foi visto como um gesto para os países árabes.

O ministro das Relações Exteriores disse mais tarde aos repórteres que seu governo teria preferido que o reconhecimento do Estado palestino tivesse sido feito por unanimidade pelos países da América do Sul, através da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), porque "as condições estão maduras", mas esses reconhecimentos foram feitos separadamente, de forma paulatina.

Décimo

O Peru se soma assim ao reconhecimento do Estado palestino por parte do Brasil, da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, de Cuba, da Venezuela, da Nicarágua e da Costa Rica, enquanto o Uruguai anunciou a sua intenção de fazê-lo, e, de acordo com fontes palestinas, do Paraguai também é esperado anúncio parecido em breve.

Um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros emitido mais tarde recorda que o Peru também "reconhece o direito irrevogável de Israel de se desenvolver em paz e harmonia com todos os seus vizinhos, livre de qualquer ameaça ao seu povo" e inclusive fez um chamamento aos países que ainda não o fizeram para que "reconheçam plenamente o Estado de Israel".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Manifestantes voltam a bloquear estradas no Sul do Chile



O clima de tensão voltou a predominar no Sul do Chile em decorrência da retomada dos protestos contrários à elevação de até 17% das tarifas de gás na região. A operação de resgate dos turistas, inclusive brasileiros, está ameaçada. O governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, recorreu à Lei de Segurança do Estado, anunciando que vai adotar medidas judiciais para conter a série de manifestações.

As informações são da rede estatal de televisão, a TVN. Desde o dia 12, ocorrem protestos na região. As negociações estão temporariamente suspensas à espera de uma sinalização sobre a possibilidade do fim das manifestações.

Ontem (16) um grupo de brasileiros conseguiu deixar o local aproveitando um período de negociação. Estimativas de brasileiros indicam que havia mais de cem na região. O bloqueio das estradas impede a saída e a entrada de pessoas.

Organizados em comboios, turistas de várias nacionalidades que estavam sitiados na Terra do Fogo passaram ontem com uma certa tranquilidade pelas barreiras formadas por manifestantes. O turista brasileiro Guilherme Miqueluteti foi um dos que conseguiu deixar o local. A retirada é organizada pela Cruz Vermelha Internacional, com a ajuda de militares chilenos.

Miqueluteti saiu de Puerto Natales em um comboio formado por três ônibus e quatro vans com destino a El Calafate. A partida estava prevista para as 15h de ontem, mas o grupo só embarcou por volta de 21h e viajou durante a madrugada.

“Os veículos foram parados nas barreiras e permaneceram por cerca de 2 minutos, que pareciam uma eternidade, e em seguida eram liberados. Ficou claro que nossa saída foi facilitada. Passamos pelas barreiras sem necessidade de força militar”, afirmou Miqueluteti.

A série de protestos e paralisações na Terra do Fogo foi gerada por causa do anúncio do aumento no preço do gás. Desde então, o comércio foi fechado e as estradas que dão acesso ao local foram bloqueadas. Autoridades chilenas alertam, que, se o bloqueio persistir, pode haver desabastecimento na região.


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Equador ameaça abandonar projeto de preservação na Amazônia e pede ajuda do Brasil


O governo do presidente do Equador, Rafael Correa, ameaça abandonar o projeto de preservação da sua reserva petrolífera na Amazônia, se a comunidade internacional não contribuir com um fundo destinado à criação de fontes alternativas de energia. Correa espera receber da comunidade internacional para a preservação do Parque Nacional Yasuní cerca de US$ 3,6 bilhões. O apelo foi feito também ao Brasil.

Ex-chanceler do Equador, a ministra do Patrimônio e coordenadora do projeto ITT-Yasuní, Maria Fernanda Espinosa, disse que aguarda uma sinalização do governo da presidenta Dilma Rousseff. "É fundamental que um país-irmão da importância do Brasil se some para continuar alimentando este fundo, que esperamos que funcione", afirmou ela.

Os recursos para a preservação da área são administrados pelo Programa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e devem ter como ter como destino a transformação da matriz energética equatoriana e a preservação de bosques e comunidades indígenas ainda em situação de isolamento no Equador. Atualmente, a exploração petrolífera é a principal fonte de receitas do país.
O cálculo, de acordo com especialistas, é que a preservação do campo Yasuní – que abriga 20% das reservas petrolíferas do Equador – pode evitar a emissão de mais de 400 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, principal responsável pelo aquecimento global.

"Se não conseguirmos reunir suficientes adesões e compromisso internacional temos um plano B que é a decisão de explorar esses recursos petrolíferos", afirmou a ministra do Patrimônio e coordenadora do projeto ITT-Yasuní, Maria Fernanda Espinosa.

Em seguida, a ministra ressaltou que está em jogo o futuro do Equador. “Somos um país com enormes necessidades de desenvolvimento e estamos oferecendo ao planeta esta oportunidade de exercer seu compromisso, sua corresponsabilidade com a mudança climática e com a biodiversidade."

A ministra equatoriana afirmou que, depois da conferência da ONU sobre o clima em Cancún, no México, o governo equatoriano tinha a expectativa de que o programa ITT-Yasuní pudesse avançar no acesso a recursos do mecanismo de preservação de florestas conhecido pela Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (cuja sigla é REDD).

A participação financeira da comunidade internacional, no entanto, está longe de suprir as expectativas e preocupa o governo equatoriano. Por enquanto, somente o Chile, a Espanha e a Itália colaboraram com o fundo de compensação, que reúne pouco mais de US$ 38 milhões.
"Há certa decepção, sem dúvida", afirmou a ministra. A meta acordada com o Pnud, órgão regulador do fundo, para este ano é arrecadar pelo menos US$ 100 milhões. Caso contrário, o projeto poderá ser inviabilizado.

O futuro do projeto ITT-Yasuní será um dos pontos do referendo que o presidente equatoriano pretende promover nos próximos meses. Na consulta, anunciada no sábado (8), Correa quer saber se a população está de acordo com o abandono do projeto de preservação caso a comunidade internacional não colabore com o fundo. O presidente equatoriano disse que avaliará o desenvolvimento do projeto em junho e poderá, antes do final do ano, decidir se seu governo o abandonará.

BBC Brasil

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Morales propõe nome de Lula como novo secretário-geral da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve hoje (8) o nome indicado para ser o próximo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A sugestão é do presidente da Bolívia, Evo Morales. Para ele, os líderes políticos da América Latina e da África devem se unir em favor da candidatura de Lula para as Nações Unidas.

Morales disse que a candidatura de Lula se baseia no fato de ele ter promovido o crescimento econômico no Brasil, estimulando a consciência social e o respeito aos direitos humanos. O boliviano também elogiou o estímulo de Lula pela pluralidade econômica no Brasil e consequentemente na região.

As informações são das agências Venezuelana de Notícias (AVN) e Boliviana de Notícias (ABI), que são estatais. A 22 dias do segundo das eleições no Brasil, Morales afirmou que torce pela vitória da democracia. “Que ganhe a democracia”, disse ele.

Em 1º de janeiro, Lula deixa a Presidência da República concluindo oito anos de governo. Já o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, conclui o primeiro mandato dele apenas no final de 2011.




Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil