segunda-feira, 3 de julho de 2017

Maduro anuncia aumento de 50% do salário mínimo na Venezuela

Presidente promove terceiro aumento no ano de 2017; pesquisa divulgada por agência venezuelana indica que 58% da população prefere que Maduro siga presidente, enquanto 38% querem que ele seja destituído

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (02/07) um aumento de 50% no salário mínimo do país. A mudança incluirá funcionários públicos, professores, médicos, bombeiros, policiais e militares.

O valor do salário mínimo subirá de 65.021 para 97.531 bolívares (Bs), equivalente a R$ 122. O presidente também anunciou um aumento no vale-alimentação que complementa o salário, que agora será de 153.000 Bs.

As mudanças passaram a valer a partir do dia 1º de julho e marcam o terceiro aumento de salário anunciado pelo governo esse ano.
Agência Efe

Maduro afirma que a Constituinte trará regulação dos preços

O anúncio foi realizado em um ato comemorativo do 14º aniversário do programa de alfabetização Missão Robinson, em Caracas. Em seu discurso, Maduro fez um apelo ao povo venezuelano, para que este se mantenha “atento” aos planos da oposição.

O presidente lembrou a tentativa de golpe de Estado em 2002 contra o governo do ex-presidente Hugo Chávez, com a ressalva de que "as condições de hoje são muito diferentes". "A revolução de antes estava na defensiva, sem políticas sociais. Hoje é muito diferente porque o comandante Chávez fundou as missões [programas sociais] e hoje o povo tem que defendê-las; diferentemente de 2002, quando o povo defendeu um sonho, hoje defendemos uma realidade”.

Maduro também ressaltou a importância da Assembleia Constituinte, marcada para o dia 30 de julho, no auxílio à economia venezuelana, na regulação dos preços e na aplicação de ações legais contra a especulação.

Pesquisa

Uma pesquisa realizada pela agência venezuelana Hinterlaces divulgada neste domingo (02/07) apontou que 58% dos entrevistados disseram preferir que Maduro permaneça como presidente e solucione os problemas da Venezuela, enquanto 36% disseram que um governo constituído pela oposição seria a melhor opção para o país.

A mesma pesquisa, que entrevistou 1.580 pessoas entre os dias 15 e 28 de junho, ainda mostrou que 59% dos venezuelanos entrevistados querem eleições presidenciais diretas para o ano de 2019, enquanto 32% opina que Maduro deve ser destituído imediatamente.

Desde que o mandatário convocou a Assembleia Constituinte, no fim de março, uma onda de protestos se iniciou no país, intensificando a instabilidade política em meio ao forte antagonismo entre governo e oposição na Venezuela. Em três meses, mais de 80 pessoas morreram em decorrência de atos violentos em manifestações pelo país.


Vermelho

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