domingo, 21 de maio de 2017

EUA e Arábia Saudita fecham acordos no valor de US$ 380 bilhões em 1ª viagem internacional de Trump

Entre acordos está venda de armamento dos EUA aos sauditas por US$ 110 bilhões; em Riad, Trump se encontrará com líderes de países muçulmanos e participará de fórum sobre combate a terrorismo

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita firmaram neste sábado (20/05) uma série de acordos em diversos setores por um valor total de US$ 380 bilhões (cerca de R$ 1,2 trilhão) para os próximos dez anos, anunciou o ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al Yubeir.

Em uma entrevista coletiva realizada em Riad, capital saudita, ao lado do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, depois da assinatura do acordo que inclui a venda de armamentos norte-americanos aos sauditas por US$ 110 bilhões, Al Yubeir afirmou que a nova parceria é "histórica" e "sem precedentes" para o país.

Os acordos acontecem em meio à primeira viagem internacional de Donald Trump como presidente dos EUA. Trump chegou neste sábado (20/05) à Arábia Saudita, um país de maioria muçulmana, escolhido como primeiro destino da viagem que se estenderá também por Israel, Palestina, Vaticano, Bruxelas, na Bélgica – para a cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte – e Sicília, na Itália – para o encontro do G7.

Na península arábica, Trump pretende reforçar o combate ao terrorismo, uma de suas principais promessas de campanha, e se aproximar de países muçulmanos após meses de retórica islamofóbica durante sua campanha eleitoral e começo de governo.

O presidente dos EUA se reunirá com líderes da região em uma cúpula para o diálogo e um fórum para a luta contra o terrorismo e o extremismo patrocinado pela coalizão militar islâmica antiterrorista, criada em 2015 pela Arábia Saudita.

O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdul Aziz, afirmou neste sábado por meio de seu perfil no Twitter que a visita de Trump "tornará realidade a segurança e a estabilidade global" e “reforçará a cooperação estratégica” entre os dois países, enquanto o chanceler Al Yubeir destacou que a visita representa um "ponto de inflexão" nas relações entre Washington, Riad e os demais países muçulmanos.
Agência Efe

Donald Trump, presidente do EUA, e Salman bin Abdul Aziz, rei da Arábia Saudita, durante cerimônia de assinatura de acordos na Corte Real saudita, em Riad

Sobre a visita de Trump a Israel e à Palestina na segunda-feira (22/05), que pode reativar o processo de paz na região, o chanceler disse que o rei saudita expressou otimismo sobre a capacidade do presidente dos EUA em obter a paz.

Já Tillerson disse que o valor dos acordos firmados hoje supera os US$ 350 bilhões e destacou que os EUA e a Arábia Saudita compartilham os mesmos interesses em questões de segurança.

"Essa cúpula enviou uma mensagem a todos sobre a força das relações entre os nossos países", disse o secretário de Estado.

A venda de armamentos norte-americanos aos sauditas, segundo Tillerson, tem como motivo "fazer frente às ameaças enfrentadas pela Arábia Saudita em suas fronteiras".

"Queremos reforçar a capacidade do reino para impor a segurança e lutar contra o terrorismo", disse Tillerson, que citou o Irã durante seu discurso.

O secretário de Estado destacou que os esforços para dissuadir o Irã de intervir na Síria e no Iêmen foram redobrados. Além disso, Washington tenta convencer Teerã a interromper o financiamento de grupos na região considerados terroristas pelos EUA.

Sobre a reeleição de Hassan Rouhani como presidente do Irã, confirmada neste sábado, Tillerson disse que apoia "o direito de ir e vir, e a liberdade de expressão dos iranianos".

Por fim, o secretário de Estado disse que a visita de Trump hoje "abre o caminho para a paz no Oriente Médio".


Opera Mundi
Com Agência Efe

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