Por Fernando Brito
Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa:
“PIB cai, apesar da recuperação econômica”.
Pois não é outra a leitura do IBCR divulgado hoje pelo Banco Central.
Queda de 0,09%, quando o “mercado” esperava alta de 0,3%, na média.
A “melhora” no acumulado nos sete primeiros meses do ano, para não dizer que é falsa, é pífia: de -5.65% em janeiro/julho de 2015 para, -5,61% no período igual de 2016.
É claro que o ano não se encerrará neste patamar, porque o segundo semestre é comparação de desastre com hecatombe.
Na coluna de Miriam Leitão lê-se um cândido ” a atividade está distante do seu pico”.
Até o dono do botequim da esquina sabe disso.
Os estados, falidos, correm atrás do que lhes restou: autorização para endividarem-se em mais R$ 20 bilhões.
Como já não tem para pagarem o que deve, com suas arrecadações em queda generalizada (veja a tabela acima, publicada pelo Valor), imagine-se o custo do dinheiro.
E, é claro, para gastar no custeio, não em investimentos, que gerem renda e emprego.
Mesmo a PEC do Garrote, que limita o gasto público à inflação não reduz, nos primeiros tempos, o crescimento do déficit: se a despesa sobe tanto quanto a inflação e a receita cresce menos do que esteindice, um garoto de primário conclui que o déficit aumenta.
Isso sem contar o “efeito terror”, que a Folha registra hoje: um aumento de 25% nos pedidos de aposentadoria, elevando o déficit da previdência no curto prazo.
Fernando Brito
Tijolaço
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