domingo, 4 de setembro de 2016

Chapa apoiada pela CUT vence eleições do Sindicato dos Metroviários de SP

Em parceria com a CTB, nova direção obteve 45% votos válidos

Terminou na noite de sexta-feira (2) a apuração das eleições que elegeu a nova direção do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, com vitória da chapa 2 - Reconstrução, apoiada pela CUT e CTB, que obteve 45% dos votos válidos.

O processo eleitoral teve início no último domingo (28) e seguiu até quinta (1) com a participação de seis mil metroviários, que tiveram mais de 80 urnas disponíveis durante os cinco dias.

A eleição dos metroviários foi nominal, então cada eleitor teve de escolher um nome de uma lista entre três e cinco candidatos da sua área de atuação – Manutenção, Tráfego, Segurança, Estação e Administração/Obras.

Como a direção do Sindicato é proporcional, a chapa 2 terá direito, com os votos obtidos, à coordenação geral e a mais 27 cargos de um total de 62. As outras vagas serão divididas entre a chapa 1 (14), chapa 3 (15), e chapas 4 e 5, com três vagas cada.

No trecho Pátio Itaquera houve empate entre dois candidatos, o que levará a um segundo turno, previsto para ocorrer no dia 15 de setembro. A chapa 2 segue na disputa.

“A CUT e a CTB assumirem a direção do Sindicato é uma conquista importante no momento em que o governo do Estado aponta para a privatização do metrô e a sua aproximação com o governo golpista no plano federal. Iremos devolver o Sindicato para os trabalhadores e, com eles, construir uma luta vitoriosa na conquista dos direitos”, afirma o presidente da CUT/SP, Douglas Izzo.

A atual gestão do Sindicato é marcada por pouco diálogo com a base e pouco avanço nas negociações com o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Secretário de Organização da CUT/SP, Hélcio Aparecido Marcelino diz que o resultado superou muito as expectativas por ser uma eleição nominal e pela chapa estar de fora da atual direção do Sindicato, indicando desejo de mudança. “Para a categoria é uma vitória porque elege uma nova direção composta por lutadores que pensam um pouco diferente das últimas duas gestões. Fica a expectativa para que os companheiros da CUT e CTB consigam reconstruir a história de luta que sempre marcou esse sindicato, que é ao lado dos interesses do conjunto da classe trabalhadora”, diz.

A chapa 2 também teve o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL-CUT).


Rafael Silva
CUT São Paulo

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