Os participantes da invasão são moradores de comunidades vizinhas à USP – como a favela São Remo, o Jardim Bonfiglioli e Jaguaré – e não integram movimentos sociais. Segundo uma das coordenadoras da ocupação, que só se identificou como Maiara, o grupo pretende, com a ação, que o terreno seja destinado a algum projeto de moradia popular.
“O terreno está abandonado há mais de 20 anos. Se for para fazer um loteamento, a gente pode pagar por mês como se fosse o [Programa] Minha Casa Minha Vida, ou como se fosse um CDHU [conjuntos habitacionais populares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo]. Nós estamos abertos”, justificou Maiara.
Ela disse que o terreno estava sendo usado como local de consumo de drogas e de armazenagem de produtos de furtos e roubos. Segundo ela, nenhuma das pessoas que ocupam o local recebeu qualquer tipo de notificação.
“Vim tentar uma casa. Eu, minha filha e minhas duas netinhas. Sou viúva. Consegui aqui um barraquinho para a gente. Eu espero que façam uma coisa decente, sem bagunça. A gente está aqui debaixo de lona porque precisa; não precisasse, não estava”, disse Cirlene Araújo dos Santos, ex-moradora da favela São Remo.
A assessoria de imprensa da reitoria da USP disse que o terreno pertence à instituição e que a universidade está tomando as medidas cabíveis.
Bruno Bochinni - Repórter da Agência Brasil
Edição: Jorge Wamburg
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