“Sem fundos adicionais, o PAM vai ter de encerrar todas as suas operações daqui a dois meses”, disse Valerie, ao descrever a situação humanitária na Síria perante o Conselho de Segurança da ONU.
Segundo a responsável, o PAM já teve de reduzir as rações distribuídas “para continuar a socorrer o máximo de pessoas possível”. “O inverno aproxima-se e abastecimentos importantes precisam ser encaminhados para proteger a população do frio. Os países vizinhos também precisam de apoio urgente para continuar a receber milhões de refugiados”.
O PAM anunciou em meados de setembro que tinha de reduzir a ração alimentar dada a cada sírio e o número de refugiados sírios nos países vizinhos que recebiam ajuda por falta de fundos, afirmando necessitar de US$ 352 milhões até ao final do ano. Segundo o documento, 60% dos cerca de 23 milhões de sírios estão em situação de pobreza, o dobro do registado em 2010, e 30% deles em situação de pobreza extrema.
Nas regiões controladas pelos jihadistas da organização extremista Estado Islâmico – Raqa (Norte) e Deir Ezzor (Leste) -, 600 mil pessoas estão há três meses sem receber ajuda alimentar “devido à violência e à presença de grupos armados”, disse Valerie. “É possível que mais dezenas de milhares de pessoas sejam forçadas a fugir da Síria se o Estado Islâmico continuar a ganhar terreno no norte da província de Alepo [Norte]”. Mais de 160 mil pessoas fugiram dessa região em poucos dias para a Turquia.
Da Agência Lusa
Edição: Fábio Massalli
Nenhum comentário:
Postar um comentário