Ministério Público Federal denuncia empresário carioca e pede bloqueio de R$ 1,5 bilhão em bens
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ) denunciou Eike Batista por dois crimes contra o mercado de capitais – manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada. Pelos delitos, ele pode pegar até 13 anos de prisão, segundo nota divulgada pelo MPF – os prejuízos causados podem chegar a R$ 1,5 bilhão.
O MPF pediu o bloqueio dos bens financeiros e arresto de imóveis e móveis de Eike, para futura indenização dos prejuízos causados.
Eike Batista durante noite de autógrafos de seu livro, "O X da Questão". Foto: Amadeu Bocatios/Futura Press
"A quantia equivale ao prejuízo suportado pelo mercado de ações em consequência da conduta criminosa protagonizada pelo denunciado”, explicam os procuradores da República Rodrigo Ramos Poerson e Orlando Monteiro da Cunha, autores da denúncia.
Eike doou para o filho Thor a mansão onde moram, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, no valor de R$ 10 milhões. Também doou uma propriedade em Angra dos Reis aos dois filhos mais velhos (Thor e Olin), também no valor de R$ 10 milhões. Para a mulher, o empresário doou um apartamento em Ipanema, Rio de Janeiro, no valor de R$ 5 milhões.
O delito de manipulação de mercado ocorreu, segundo a denúncia, em outubro de 2010, quando Eike simulou a injeção de até US$ 1 bilhão na empresa, por meio de compra de ações da OGX. Para o MPF, Eike já sabia que os campos de exploração Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia não teriam a prospecção anunciada.
O MPF também acusa Eike de usar informações privilegiadas para gerar lucro indevido de R$ 125 milhões de maio a junho do ano passado. Entre agosto e setembro, o evento teria voltado a se repetir com a venda de ações da OGX.
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