A Rússia e a China podem converter até a metade do volume de trocas comerciais em yuan e rublo, se a China tirar limitações de operações financeiras para contratantes russos, comunicou o vice-ministro das Finanças da Rússia, Alexei Moiseev, citando resultados da primeira reunião da Comissão Intergovernamental Russo-Chinesa para Cooperação na Área do Investimento.
The Telegraph
As regras em vigor na China não autorizam que os bancos russos deixem depositadas, durante um longo tempo, divisas chinesas recebidas como pagamento de transações comerciais. A Rússia eliminou restrições semelhantes ainda em 2006. Nas palavras do vice-ministro das Finanças da Rússia, as autoridades chinesas já traçaram um plano de liberalização da cotação do yuan. Os ritmos da passagem para pagamentos recíprocos em moedas nacionais dependerão dos prazos da realização desse plano.
Na opinião do vice-presidente da União de Industriais e Empresários da Rússia, Alexander Murychev, a exclusão de moedas de terceiros países do comércio russo-chinês irá reforçar consideravelmente as posições do rublo e do yuan no mercado mundial.
“O comércio expresso em yuan e rublo e a exclusão de moedas de terceiros países dele são um dos temas mais importantes das trocas comerciais bilaterais. Não se trata apenas de uma alternativa ao dólar americano. Em geral, parece absurdo quando pagamos moedas de outros países por mercadorias produzidas na China e eles – por mercadorias fabricadas na Rússia”.
O mecanismo de comércio “rublo-yuan” começou a funcionar em dezembro de 2010 em bolsas de Moscou e de Xangai. Segundo mostraram os resultados do ano passado, o respectivo volume ultrapassou 100 bilhões de dólares. No entanto, a quota-parte dos pagamentos “rublo-yuan” nas trocas comerciais bilaterais em 2013 constituiu apenas 6,8%. Mas esse indicador vai crescer, afirma o dirigente da representação do Sberbank (da Rússia) na China, Serguei Tsyplakov.
“O alargamento das trocas em moedas nacionais é um processo bastante complexo. A meu ver, após a criação do sistema de pagamentos nacional na Rússia, iremos desenvolver interação com o sistema chinês China Unionpay. Seria mais produtivo se esta cooperação fosse efetuada entre sistemas de pagamento e incluísse vários bancos”.
A cooperação da área do investimento é uma das mais promissoras orientações da interação russo-chinesa e a Comissão Intergovernamental, formada recentemente, está ajudando a entrelaçar investidores e projetos, diz o chefe do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, Kirill Dmitriev.
“A comissão para o investimento é um instrumento importante para coordenar a respectiva atividade. A meu ver, este é um instrumento muito eficaz de interação entre o Estado, as companhias estatais e o capital privado, voltado para aumentar em várias vezes o volume de investimentos entre a Rússia e a China, assim como o financiamento interbancário”.
Kirill Dmitriev fez lembrar que os investimentos chineses na economia russa crescem constantemente. Em 2011, seu volume atingiu apenas 500 milhões de dólares, enquanto no fim do ano passado já superou 4 bilhões. Dentro de 5 anos, o volume da cooperação na área do investimento entre os dois países irá crescer para 30 bilhões de dólares americanos, analisa o chefe do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia.
Fonte: Voz da Rússia
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