A vontade política se converteu em fator essencial para a redução substancial da fome na América Latina e no Caribe, de acordo com um informe apresentado nesta terça-feira (16), em Santiago, no Chile.
Acnur A meda de redução da fome foi alcançada por 14 países um ano antes da data estabelecida pela comunidade internacional
Raúl Benítez, subdiretor geral e representante regional da Organização de nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), elogiou a determinação de consultas no setor para avançar neste tema tão importante para o desenvolvimento da região. Ele afirmou ainda que a FAO conquistou a meta do primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) um ano antes da data limite fixada pela comunidade internacional.
Em coletiva de imprensa, Benítez elogiou os progressos latino-americanos e caribenhos no campo da agricultura familiar que têm a produção mais saudável de todas. “São elementos primordiais para a redução da pobreza, levando em conta que a maior parte da população mais vulnerável está nos segmentos rurais e requer acesso aos mercados e às tecnologias”, explicou.
O subdiretor afirmou também que outro problema latente na região é a má nutrição, com índices que atingem 30% da população sem boa alimentação, o que pode levar a dramas futuros de pais enterrando seus filhos devido à obesidade.
Benítez também valorizou o compromisso dos líderes políticos nas últimas reuniões de cúpula da Celac, da Alba, do Mercosul, Caricom, Unasul e Sica. No total, 14 países alcançaram a meta do ODM relativa à fome e outros três devem cumpri-la até 2015.
Segundo o informe do Estado de Insegurança Alimentar no Mundo 2014 (Sofi, por sua sigla em inglês) a proporção de pessoas que sofre subnutrição na América Latina reduziu de 15.3% em 1992 para 6.1% em 2014.
O número de pessoas que vivem com fome na América Latina e Caribe diminuiu de 68.5 milhões em 1992 para 37 milhões em 2012, o que significa que em pouco mais de duas décadas, 31.5 milhões de pessoas superaram a subalimentação.
O estudo destaca, em especial, os resultados do Brasil com os programas sociais de Lula e Dilma Rousseff e os da Bolívia e Venezuela.
“Atualmente 21 países da região executam programas de transferências condicionadas de ingresso, que dão apoio a mais de 120 milhões de pessoas vulneráveis”, disse.
Ao mesmo tempo, elogiou a ideia de muitos governos de criar círculos virtuosos para estabelecer seus programas de alimentação escoalr com insumos da agricultura familiar, fortalecendo a nutrição infantil, o desenvolvimento rural e os pequenos agricultores. Disse ainda que o impacto das mudanças climáticas e as guerras são, sem dúvidas, aspectos que repercutem de maneira bastante negativa nas populações mais frágeis.
Fonte: Prensa Latina
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