Rebeldes disseram que atenderão pedido do Kremlin e que vão permitir a retirada de tropas cercadas por eles no leste do país
Rebeldes pró-Rússia combatendo na Ucrânia disseram nesta sexta-feira (29) que vão atender a um pedido do Kremlin e abrir um "corredor humanitário" para permitir a retirada de tropas ucranianas que estão cercadas por eles.
Reuters
Separatistas pró-russos caminham em direção a memorial de guerra em Savur-Mohyla, destruído após combates, ao leste da cidade de Donetsk (28/08)
Não ficou claro como o governo em Kiev iria reagir à oferta, sugerida pelo presidente russo, Vladimir Putin, mas inicialmente os militares ucranianos deram uma resposta negativa. Num comunicado, os militares disseram que o pedido de Putin apenas demonstrava que "essas pessoas (os separatistas) são lideradas e controladas diretamente pelo Kremlin".
O governo ucraniano tem acusado soldados russos de entrarem ilegalmente no leste ucraniano e, com o apoio dos Estados Unidos e de seus aliados europeus, vem dizendo que combaterá para defender seu território.
Ações
Durante esta semana, os avanços rebeldes abriram uma nova frente no conflito no momento em que o Exército ucraniano parecia ter assumido o controle dos combates, virtualmente cercando os separatistas em seus redutos nas cidades de Donetsk e Luhansk.
Na quinta, o conselho de segurança ucraniano declarou que Novoazovsk e outras partes do sudeste do país foram ocupadas por forças russas e que as forças do governo estavam se retirando "para salvar suas vidas" e indo reforçar as defesas no porto de Mariupol, mais a oeste, que um líder rebelde disse ser o próximo objetivo dos separatistas.
Apesar das negativas de Moscou, Ella Polyakova, conselheira de direitos humanos de Putin, declarou à Reuters que acredita que a Rússia está levando a cabo uma invasão da Ucrânia.
No sul da Rússia, um repórter da Reuters viu nesta quinta-feira uma coluna de veículos blindados e soldados cobertos de poeira a cerca de três quilômetros da fronteira com a parte da Ucrânia que Kiev diz estar ocupada por tropas russas. A coluna seguia para o leste, afastando-se da divisa, por um campo aberto perto do vilarejo de Krasnodarovka, na região russa de Rostov.
Fornecimento de gás
O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse nesta sexta que a Rússia ainda está aberta a conversações sobre o gás com a Ucrânia, apesar de a data para uma reunião ainda não ter sido definida.
Depois de uma reunião em Moscou com o comissário europeu para Energia, Guenther Oettinger, Novak também reiterou que a Rússia está disposta a conceder ao governo ucraniano um desconto de 100 dólares a cada 1.000 metros cúbicos de gás fornecido à Ucrânia. A Rússia interrompeu o fornecimento de gás para a Ucrânia em junho, depois de um prolongado impasse sobre o preço do produto.
Reuters
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