quarta-feira, 30 de julho de 2014

Exército de Israel bombardeia escola da ONU em Gaza e mata 16 pessoas

Além dos 5.000 lares de famílias numerosas destruídos, da única planta de energia, poços de água e hospitais abarrotados, as forças israelenses atingem escolas na Faixa de Gaza. O Exército de Israel negou relatos recentes, mas a agência das Nações Unidas no território palestino sitiado voltou a denunciar o bombardeio de uma das suas escolas, na noite terça-feira (29), onde 3.300 pessoas se abrigavam. Ao menos 16 pessoas foram mortas, entre crianças, mulheres e funcionários da agência.
UNRWA
 Escolas da UNRWA abrigam milhares de palestinos em Gaza, obrigados a deixar seus lares. Ainda assim, são alvos dos bombardeios de Israel. 
O porta-voz da Agência das Nações Unidas para Assistência e Trabalhos (UNRWA) Chris Gunner informou através do Twitter o bombardeio da Escola Primária para garotas no campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza, com mais de 200 mil habitantes. De acordo com Gunner, a localização precisa da escola foi notificada ao Exército de Israel 17 vezes. A última foi às 20h50, ainda na segunda, "poucas horas antes do ataque".

Em uma publicação desta terça-feira (30), o porta-voz explica que os funcionários da UNRWA avaliaram os resultados de ao menos três impactos contra a escola; havia evidências suficientes para concluir que os ataques foram, de fato, do exército israelense. No mesmo dia, o comissário da UNRWA Pierre Krähenbühl divulgou uma declaração firme em que condena a "grave violação do direito internacional" por Israel. “Crianças foram mortas enquanto dormiam. Isso é uma afronta a todos nós, fonte de vergonha universal,” afirma o texto.

O local que abrigava cerca de 3.300 pessoas obrigadas a deixar suas casas – seja pelas advertências enviadas pelo próprio exército israelense sobre o iminente bombardeio dos seus lares ou porque eles já foram destruídos – foi atingido. “É a sexta vez que uma das nossas escolas é atingida, nossos funcionários [que conformam o corpo “humanitário” que deveria ser protegido, segundo o direito internacional] estão sendo mortos e nossos abrigos estão sobrecarregados,” escreve Gunner em seu perfil.




Vermelho

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