domingo, 9 de fevereiro de 2014

Irã aceita acordo com a AIEA para inclusão de sete novas metas em programa nuclear

Pacto assinado ao lado de agência da ONU deverá ser cumprido antes de 15 de maio, mas apresenta ressalvas na visita de certas usinas
 

O Irã concordou em firmar um acordo neste domingo (09/02) com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU) para tomar sete novas medidas de cooperação que têm o intuito de apaziguar as preocupações internacionais a respeito do seu programa nuclear.
Agência Efe

Embaixador iraniano da AIEA, Reza Najafi (à esq.), conversa com Tero Varjoranta (à dir.), diretor-geral do órgão, após firmar acordo em Teerã


Em conjunto com a AIEA, a OEAI (Organização de Energia Atômica do Irã) divulgou um comunicado, declarando que a república islâmica cumpriu seis compromissos requisitados no Memorando de Entendimento, assinado em novembro e com prazo para até o dia 11 de fevereiro. Agora, ambas as partes acertaram cooperar em outros sete pontos, que deverão ser efetivados antes do dia 15 de maio, assinalou o embaixador iraniano na AIEA, Reza Najafi.

Outros detalhes das novas medidas não foram divulgados até o momento, mas devem ser publicados em breve pelo diretor-geral da AIEA, Tukiya Amano, aos 35 países que participam do conselho do órgão. Contudo, o porta-voz da organização atômica iraniana, Behrouz Kamalvandi, já antecipou que, nestes novos sete pontos, não está inclusa a entrada dos inspetores da AIEA à instalação nuclear de Parchin, acesso que a organização reivindica há anos.



Transparência em Teerã

De todo modo, o novo acordo também pode representar um passo positivo para as negociações paralelas entre o Irã e o Grupo 5+1 (China, Rússia, EUA, Alemanha, França e Reino Unido) que estão previstas para acontecer novamente no dia 18 de fevereiro para tentar chegar a uma solução diplomática para a questão nuclear.

No fim de novembro, essas reuniões paralelas chegaram a um acordo em Genebra, firmando o compromisso de Teerã suspender o enriquecimento de urânio a 20% e congelar as demais atividades nucleares — em troca de um levantamento limitado das sanções internacionais. Tudo isso por um prazo de seis meses.

Há anos, a AIEA acusa o Irã de não cooperar. Frequentemente, a comunidade internacional acusa que seu programa nuclear tenha objetivo militar – o que é negado pelo governo de Teerã.
 Agência Efe

Inspetores da AIEA visitaram o Irã com frequência para verificar o cumprimento do pacto de Genebra, em novembro


Opera Mundi

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