quarta-feira, 15 de maio de 2013

Prefeito de Osaka diz que escravas sexuais foram "necessidade de guerra"


Quase 200 mil mulheres asiáticas foram levadas para os prostíbulos militares japoneses
As chamadas "mulheres de conforto" exigem que o governo japonês se desculpe e ofereça recompensas financeiras pelo que passaram AP Photo/Ahn Young-joon
O prefeito de Osaka afirmou nesta terça-feira (14) que as "mulheres de conforto" asiáticas, que foram forçadas pelo exército japonês a prostituir-se durante a Segunda Guerra Mundial, foram uma "necessidade" para manter a disciplina.

"Quando os soldados arriscam suas vidas sob as balas e devem ter repouso oferecido em algum lado, está claro que precisam de um sistema de mulheres de conforto", disse o prefeito Tory Hashimoto.
Segundo os historiadores, quase 200 mil mulheres asiáticas — principalmente coreanas, chinesas e filipinas — foram transformadas em escravas sexuais nos prostíbulos militares japoneses.

A declaração do prefeito da principal cidade do oeste do Japão gerou reações de indignação similares às provocadas ano passado pelo prefeito de Nagoya, que colocou em dúvida a existência do massacre de Nankin de 1937 cometido pelas tropas nipônicas, no qual, segundo a China, foram exterminadas 300 mil pessoas.

"Nos decepciona profundamente que uma personalidade oficial defenda crimes desumanos semelhantes", declarou à AFP um porta-voz do ministério sul-coreano das Relações Exteriores.
"Estamos chocados e furiosos", afirmou a porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei. "O futuro do Japão dependerá da maneira como enfrenta o seu passado", completou.

O Japão já apresentou desculpas pelos "crimes", mas negou qualquer responsabilidade no tratamento que os prostíbulos reservavam às mulheres escravizadas.

O prefeito de Osaka, um dos dois principais líderes do Partido da Restauração do Japão, admitiu que as mulheres foram alistadas à força, mas atribuiu o fato à "tragédia da guerra".

O secretário-geral do governo, Yoshihide Suga, se negou a comentar as declarações do prefeito, mas recordou que o Japão reconhece os sofrimentos infligidos por Tóquio aos povos vizinhos durante a Segunda Guerra Mundial.


Fonte: R7 Noticias

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