sábado, 8 de outubro de 2011

O renascimento da Arquitetura Fascista

A Praça Lucília Gomes Felippe, em Poá, conhecida como Praça dos Eventos, é um exemplo de arquitetura que impressiona pela grandiosidade e sufoca o espírito humano individual, princípios da arquitetura fascista.
Arquitetura Fascista é uma manifestação estética típica de regimes totalitários que ocorreram no século passado como o nazismo e o fascismo. Ela se caracterizava em modelar uma cultura de massa associada à indústria cultural sob as asas do Estado. Atualmente assimulou uma forma de política de produção cultural em que o governo orienta recursos para um padrão de cultura a serviço das grandes empresas privadas.

Para seus ideali-zadores, a arquitetura fascista deve criar efeitos como grandiosidade e imponência. Ela comporta um ecletismo, mas sua principal característica é a constante procura de um orgulho e uma mo-numentalidade tão grandes que chegam a ser opressivos. Os edifícios públicos devem, através de sua grandiosidade em relação ao indivíduo, ostentar o Estado em sua plenitude e superioridade.

A Remodelagem de Berlim

Em 1937, Albert Speer, recebeu a tarefa de replanejar e remodelar toda Berlim para ser a capital da futura Germânia, depois da pretendida vitória da Alemanha sobre a Europa. O projeto envolvia a construção de grandes avenidas, grandes palácios do governo, hotéis, lojas de departamentos e várias construções em escala gigantesca. O propósito não era impressionar, mas esmagar o espírito humano individual.

A Itália fascista

Em 1937 Mussolini resolveu adotar um estilo oficial, para ele um império deveria ter um estilo que remetesse, sem mediações, à grandeza do Império Romano.


R$ 6 milhões para a Praça de Eventos

A reforma da Praça Lucília Gomes Felippe, conhecida como Praça dos Eventos, destinada ao lazer e à realização de exposições,  teve início em maio de 2010 e orçada em R$ 2.717 mil. Passado mais de um ano receberá um aditivo de R$ 3.438 mil, em edital publicado no Diário Oficial em agosto, para a segunda fase da obra.

O processo de reforma da praça é marcado pela quase total falta de transparência, seja no acompanhamento das obras, nos custos ou pela definição do projeto. A própria Câmara Municipal tem se mostrado submissa ao Poder Executivo, ficando o prefeito poaense com a total liberdade em utilizar os recursos públicos segundo seus interesse e conceito estético pessoais.

As características mais marcantes da obra são exatamente sua suntuosidade e grandiloquência, características da Arquitetura Fascista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário