sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cresce a violência nas escolas públicas paulistas


A violência nas escolas públicas do Estado de São Paulo está se tornando parte da rotina de professores, funcionários e alunos.













Diariamente casos de violência são relatados como ameaças físicas, intimidações, ofensas morais, furtos, ameaças ao patrimônio pessoal, provocações e desrespeito no interior das salas de aulas e nos corredores escolares. A falta de funcionários é uma das causas.

Tanto professores, como funcionários e diretores  se dizem impotentes para resolver o problema, cabendo alguma ação às Diretorias de Ensino e ao governo de São Paulo. Somente em casos graves é que a polícia é acionada, porém as medidas sócio-educativas fazem com que o aluno agressor continue freqüentando a escola corroendo qualquer autoridade existente na unidade escolar.

“Alguns alunos ficam jogando dominó, outros ouvindo funk, outros ainda ficam correndo e batendo a porta da sala, e não podemos fazer nada  que seja eficiente” diz  uma professora. Um  professor de matemática relata: “Não pude dar uma lição de matemática pois temi ser ameaçado por pais de alunos pois a matéria se chamava movimento retardado, e eu tive que pulá-la”. Outra professora desabafa: “Uma boa parte dos alunos não se preocupa nem em ler a prova ou copiar da lousa pois sabem que vão passar de ano mesmo”.

Todos professores ouvidos afirmaram terem sofrido algum tipo de violência, mas somente poucos chegaram a registrar boletim de ocorrência na polícia. “É tanta demora e muitas  vezes nem se consegue registrar” afirma outra professora.

“O magistério era uma carreira profissional legal, mas a partir do governo Mario Covas a coisa começo e cair até chegar na situação atual. Ser professor é ter um bico” lamenta outro professor.

Todos entrevistados pedem a não publicação de seus nomes por temerem represálias da Diretoria de Ensino.

Uma opinião unânime é que enquanto o governador Geraldo Alkmin não reconhecer as péssimas situações de trabalho e segurança, o problema não somente vai continuar, como também continuará comprometendo qualquer tentativa de recuperar a qualidade da educação fundamental no Estado de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário