quarta-feira, 14 de julho de 2010

Empresa tem 60 dias para cumprir a decisão judicial e quitar suas dívidas, que chegam a R$ 115 milhões


Reestruturação: Aquecimento da construção civil deve favorecer a recuperação da empresa
A fábrica de cerâmica Gyotoku, instalada em Suzano, tem o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação da empresa, cujo pedido judicial foi oficializado no dia 30 de junho. A companhia decidiu formalizar o pedido de recuperação e reorganizar a empresa por conta de uma dívida que possui no valor de R$ 115 milhões. No mês de maio a fábrica chegou a demitir 60 funcionários e foi acusada de atrasar salários pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção e de Mobiliário de Mogi das Cruzes, Suzano e Região.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Gyotoku, as dívidas surgiram durante a crise econômica mundial entre os anos de 2007 e 2009. Para reorganizar as contas, a empresa contratou Marcos Sardas, consultor responsável pelo novo modelo de negócios da companhia, e o advogado João Boyadjian, especializado em recuperação judicial.

Agora, a equipe tem o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação, que inclui pagamento de dívidas e previsão de crescimento da empresa, além do posicionamento da companhia no mercado.
A empresa possui uma dívida de R$ 115 milhões. Parte deste montante - R$ 80 milhões - é resultado de dívidas bancárias e o restante refere-se a pendências com fornecedores e credores. Em 2009, a empresa registrou um faturamento de R$ 265 milhões.

No mês passado, a companhia, uma das mais tradicionais de Suzano, demitiu 60 funcionários das áreas de produção e administração. A empresa alegou que as demissões aconteceram em razão da modernização dos processos de produção, além de uma redução estratégica da fabricação de 20% dos produtos oferecidos.

Aquecimento

O crescimento no mercado da construção civil deve ser o gancho para a recuperação da empresa. A Gyotoku tem duas unidades fabris, ambas no Estado de São Paulo, sendo uma na cidade de Suzano, com capacidade produtiva de 1 milhão de metros quadrados por mês, e outra em Estiva Gerbi , com capacidade de 600 mil metros quadrados por mês.
 
 
Foto: Osvaldo Birke
Jamile Santana
Diário do alto Tietê

Um comentário:

  1. É isso ai mesmo mesmo!!Havia um bando que sacrificou a empresa em prol de um crescimento irreal não se importando com a empresa e sim com seus interesses particulares.
    É uma grande empresa e tenho certesa que sairá dessa,não será facil mais se voltarem a contratar pessoas que querem trabalhar a se preocupa com a empresa.

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