Representantes da empresa petrolífera norte-americana
Chevron terão que prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente do
Senado sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos,
identificado na semana passada.
A audiência pública, na quinta-feira (22), convocada pelo presidente da
comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), também vai ouvir
representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
do Ministério Público Federal (MPF) e o delegado de Meio Ambiente e
Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar.
No último dia 4, a Chevron comunicou o derramamento de óleo próximo do
local onde ocorreu o primeiro vazamento em novembro do ano passado. A
ANP criou um comitê formado por técnicos da petrolífera, da Petrobras e
da Frade Japão Petróleo – que detêm participação na concessão – para
avaliar os novos pontos de vazamento de óleo no solo marinho.
Técnicos da agência constataram na última quinta-feira (15), por meio
de filmagens submarinas, cinco pontos de vazamento ao longo de uma
fissura de 800 metros de extensão. Foi identificado o aparecimento de
gotículas de óleo, em uma vazão reduzida.
Uma liminar – concedida na semana passada pelo juiz Vlamir Costa
Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro – impede a
saída do país de 17 executivos e profissionais da Chevron Brasil e da
Transocean Brasil, sem que haja autorização judicial.
Entre os nomes está o do presidente da Chevron Brasil Petróleo, George
Raymond Buck III, de origem americana. A decisão atende a pedido do
procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira. Segundo o
MPF, os 17 executivos e profissionais ligados à companhia devem ser
denunciados à Justiça e processados. Caso isso ocorra, eles terão que
entregar os passaportes em Campos.
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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