domingo, 28 de maio de 2017

Ventos funestos no Leste Asiático



por Gustavo Gollo

12 dias atrás, os americanos anunciaram o envio de um segundo porta-aviões a região com o suposto propósito de reforçar a ameaça à Coreia do Norte. Desde então, em menos de 10 dias e em 3 episódios distintos, 2 aviões espiões americanos foram interceptados por jatos chineses ao sobrevoar ilhas chinesas no Mar da China, e um contratorpedeiro americano foi escoltado por fragatas chinesas e obrigado a se afastar das costas de ilha chinesa. Noticia-se agora que um terceiro porta-aviões americano, guarnecido por poderosíssima escolta, como os demais, também estaria sendo enviado para o local. A presença simultânea de 2 porta-aviões americanos, próximos um ao outro, é rara e merece atenção; 3 porta-aviões americanos presentes simultaneamente em uma mesma localidade constituem forte evidência de um ataque iminente.

Pode-se especular que um ataque contra a Coreia do Norte viria a calhar para o presidente americano no momento em que ele se vê acuado por pressões decorrentes de seu relacionamento com os russos durante sua campanha eleitoral. O mundo talvez não passe de um joguete ridículo sujeito aos interesses e humores dos poderosos, e tal cortina de fumaça seria adequada também, e incentivada, pelos abutres que lucram bilhões com guerras e matanças por atacado. Alegações de que, em breve, a Coreia do Norte terá condições técnicas de bombardear os Estados Unidos tende a ser um fortíssimo argumento a favor de um ataque arrasador ao país.

O ataque resultaria na morte de milhões de coreanos, um massacre de proporções nunca visto. Haveria a possibilidade de retaliação norte-coreana sobre os militares americanos, Coreia do Sul e Japão. Seul seria um alvo extremamente preocupante.

Temor adicional, ainda mais aterrorizante, decorre da forte possibilidade de generalização do conflito, com a oposição de China e Rússia em defesa da Coreia, o que degeneraria em uma guerra mundial. A insistência dos EUA em não admitir as fronteiras do território marítimo chinês, sublinhada na declaração final da reunião do G7 encerrada ontem, sugere, no mínimo, a despreocupação com a paz.

A possibilidade de uma guerra nuclear é pavorosa.

Nesse momento, o mundo inteiro deve se manter atento ante possibilidade tão sinistra, e, em nenhuma hipótese, se deixar levar por qualquer tentativa de angariar apoio ao que constituiria a maior catástrofe na história da humanidade.

Estamos prestes a testemunhar a mudança do eixo de poder no mundo e dificilmente aqueles que sempre mandaram entregarão seu cetro a outros sem luta. A terceira guerra mundial nos espreita.

Caso os EUA decidam executar tamanha insanidade, que o façam sozinhos, denunciados por todo o restante do planeta.

Parem a guerra.


Enviado por Gustavo Gollo
#terceira guerra mundial, #guerra nuclear,# Mar da China

Jornal GGN

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