sábado, 27 de maio de 2017

Por Diretas Já, a luta continua

Apesar da repressão, manifestação em Brasília demonstrou a força da classe trabalhadora, que não saíra das ruas até poder exercer seu direito de votar para presidente do país

Foto: Mídia Ninja 

Por Movimento dos Atingidos por Barragens

Em um dia histórico, trabalhadores e trabalhadoras realizaram nesta quarta-feira (24), em Brasília (DF), uma grande manifestação por "diretas já", pelo "fora Temer" e contra as reformas que buscam acabar com os direitos do povo brasileiro, em especial "contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista".

A mobilização, organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, reuniu aproximadamente 200 mil pessoas, de acordo com a organização, e deu uma demonstração de resistência, força e unidade do povo brasileiro contra o ilegítimo governo Temer.

A manifestação contou com a participação de pessoas vindas de todas as partes do Brasil, do campo e da cidade, reunindo as mais diversas categorias e organizações do povo, como atingidos por barragens, sem terras, camponeses, operários, estudantes, professores, etc.

A reação de Temer e do Congresso foi uma demonstração de fraqueza e ilegitimidade, recorrendo ao uso da violência contra o povo que estava lutando de forma pacífica, reprimindo com cavalaria, bombas de gás, balas de borracha, e até mesmo armas letais.

Para seguir no poder e manter o corrupto sistema existente e o plano de retirada de direitos, o presidente golpista Michel Temer decretou o uso das Forças Armadas para enfrentar o povo e proteger o governo e o congresso com todos seus tipos de falcatruas. O uso do exercito é mais uma demonstração de ataque à democracia e do estado de exceção que nosso país vive.

Atingidos seguem na luta


Aproximadamente 800 atingidos por barragens de todo o Brasil se somaram na luta de ontem, em Brasília. Vindos de diversos estados, os atingidos engrossaram as fileiras do “Ocupa Brasília”. “Apesar de toda a repressão, o que nós vimos ontem foi uma grande demonstração de unidade e força da classe trabalhadora”, afirma Iury Paulino, integrante da coordenação nacional do MAB.


Além do MAB, participaram também outras entidades que compõe a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia. Petroleiros, eletricitários e metalúrgicos denunciaram também a pilhagem que está sendo realizada com as empresas estatais do setor energético.

Justamente no dia de ontem, em plena manifestação contra a retirada de direitos, a Petrobras anunciou a permanência do seu atual presidente, Pedro Parente, até março de 2019. Parente foi indicado pelo investigado Michel Temer e tem implementado um plano de privatização da empresa.

A luta continua

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo já discutem novas mobilizações e paralisações pela saída de Temer e por eleições diretas à presidência. “Existe apenas uma saída para o povo trabalhador: ocupar permanentemente as ruas”, afirma Iury.


MAB Nacional

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